domingo, 14 de setembro de 2014

EURÁSIA2014 - 008 - De São Paulo a Istambul


`Para fugir ao risco de uma desvalorização cambial em tempos eleitorais e os 6,38% de impostos sobre compras internacionais adquirimos as passagens pela Turkish Airlines numa promoção por US$ 999 ida e volta pela Decolar.com. A limitação disso é que não se pode marcar assentos senão a 24h da hora do vôo, o que nos deixou poucas opções. Entre elas, a de viajar do lado direito do avião para escapar de ficar em cima da asa e não ver nada da paisagem. Ou seja, ficamos com vista para o leste, com direito a sol o tempo todo. E o ar condicionado do avião não esfriava o suficiente para combater o calor que fez durante boa parte do vôo.
Amanhecer sobre o Atlântico

Chegamos de Brasília ao aeroporto de Guarulhos pelo terminal 1 para pegar o vôo da Turkish Airlines no terminal 3, recém-construído. Na longa caminhada descobrimos que existem algumas opções de alimentação por menos de R$ 10 em estabelecimento que têm uma bandeira indicativa, e máquinas dispensadoras que vendem água e refrigerantes a preços menos salgados que nos demais.

O aeroporto recentemente reformado tem qualidades superiores às de Brasília, como piso tátil para deficientes visuais e várias fileiras de cadeiras de espera com tomadas de força individuais, uma necessidade que ainda não está presente nos projetos de reforma de outros aeroportos, que usam tótens de tomadas forçando as pessoas a ficarem em pé ao lado.

Rota do vôo São Paulo - Istambul
Entre o pouso no terminal 1 e a chegada ao check-in da Turkish levamos quase uma hora pegando malas e caminhando. Esse dado deve ser levado em consideração no planejamento. A fila, mesmo faltando 3,5 horas para o vôo, era grande e muito lenta. Como fizemos o check-in pela internet pegamos os cartões de embarque nos terminais da empresa e fomos para a fila de despachar bagagens, que era a mesma de pessoas com necessidades especiais, o que nos causou um certo constrangimento, apesar de respaldados pelas informações dos atendentes da empresa.
Nos guichês ao lado a Emirates tem o despacho de malas para quem faz web check-in à parte.

O serviço de internet gratuita por meia hora GRU se mostrou lento na área de check in internacional. Como o aeroporto estava vazio no horário as etapas de segurança e imigração foram tranquilas.
Gráfico de zonas de noite e dia
Dentro do embarque acontece o tradicional milagre da multiplicação de preços. Uma salada que comi na área de check-in por R$ 16 estava por R$ 21. Os refrigerantes subiram de R$ 4 para R$ 6,50. Na loja da FNAC vimos câmeras a preços mais altos que no comércio varejista brasileiro. Na Duty Free achamos caros os chocolates e perfumes.

O embarque é feito por uma única passarela, iniciando pela classe executiva, comfort e depois os meros mortais que compraram a passagem na promoção por US$ 999 ida e volta. O Boeing 777-300
tem pouco espaço entre as fileiras de cadeiras, praticamente inviabilizando abrir um notebook e mesmo ver os filmes na tela da cadeira da frente, pois fica a menos de 50 cm do rosto. Não vimos
brasileiros na tripulação e todas as mensagens são em inglês ou turco. As cadeiras têm tomada USB, console para jogos e no cardápio do computador há filmes recentes, jogos e noticiários. Bom para quem vai ficar as 12,5 horas acordado.

Detalhe do vôo entre a África (Tunísia) e Itália
Com uma hora de vôo foi servida uma refeição tipo café da manhã reforçado. Sobrevoamos o litoral até Campos depois foi tudo sobre o Atlântico até a entrada na África sobre Dakar. Daí pra frente, Saara. A rota passa pela Mauritânia, Argélia e Tunísia, e vai pelo Mediterrâneo até o destino. As últimas imagens antes de anoitecer foram da ilha de Malta. Não deu para ver nada na passagem sobre a Grécia.

Aguardamos um tempo antes do avião conseguir vaga para desembarque. Na saída do túnel de desembarque policiais pediam os passaportes, ou seja, se o passageiro não tiver os requisitos nem vai até imigração, onde o atendimento foi rápido. Sufoco nos ATMs do desembarque, que não reconheciam os cartões VTM, exceto um, que salvou a pátria na troca por liras turcas (LT ou TLY).

Ilhas de Malta
Apesar do vôo ter chegado no horário (21:35 hora local), chegamos à estação do metrô, que fica dentro do terminal, por volta das 23h, preocupados com o horário do sistema de transporte encerrar. Para ir até a zona histórica deve-se pegar o metrô M1, que faz ponto final no Aeroporto Internacional
Ataturk, andar 6 estações até Zeytinburnu, onde ao saltar deve-se procurar pelo tram T1, que fica do lado de fora. Para ir a Sultanameht são 15 estações. O tempo total que gastamos nessa operação foi de 50 minutos. O sistema de metrô e tram termina às 00:00h

Nas estações não há bilheteria para comprar tickets, apenas máquinas. O melhor é comprar o cartão por 4 liras turcas e botar créditos. Apesar das passagens serem mais baratas que no Brasil, não há integração entre os tipos de transporte. Paga-se para andar no metrô e depois para andar no tram.

À meia-noite ainda havia bastante movimento nas ruas por conta dos muitos restaurantes da região e, apesar de não se ver policiais, havia sensação de segurança. A opção ao sistema público é pegar um táxi por umas 40 liras turcas (uns R$ 45) ou contratar com antecipação um tranfer, com preços entre 5 LT e 25 LT.
Uma lira turca equivale a R$ 1,16, com o euro comprado por valor efetivo (com taxas, etc) a R$ 3,20.

Post anterior: http://blogdobranquinho.blogspot.com.tr/2014/09/eurasia-2014-007-preparacao-de-malas.html


Um comentário:

  1. obrigado pela informação - estpu vendo que vamos sofrer um pouco - dizem que esse aviao - é o melhor - estarei indo no dia 05/10

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