quinta-feira, 20 de março de 2014

SP : Incompetência do PSDB deságua no Rio de Janeiro

Fonte: Tijolaço
Hoje os jornais do Rio, inclusive O Globo, parecem uníssonos ao defender que não se tire água do sistema do rio Paraiba do Sul para abastecer a região metropolitana de São Paulo, à beira do colapso hídrico. Há questionamentos até de prefeitos do estado de São Paulo, temerosos pelo que pode acontecer com o abastecimento de suas cidades. O governador do Rio, Sérgio Cabral, se colocou contrário à proposta do governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que esteve com a presidente Dilma Roussef para pedir autorização para usar as águas desse rio federal.

Desde 2004 a empresa que gerencia águas e esgotos em São Paulo, SABESP, assumiu compromisso com a Agência Nacional de Águas (ANA) para reduzir as perdas no sistema de distribuição, fazer reuso e outras providências que deveriam ter poupado água ao longo do tempo. Como a SABESP é uma empresa de economia mista com ações em bolsa e seus acionistas pouco se importam com investimentos, desde que os lucros sejam elevados, deu no que deu. Não fizeram nada para racionalizar o consumo, e ainda desviaram parte da água para o polo industrial automobilístico na região de Campinas.

Fonte : Tijolaço
Agora o que se vê é o desespero de colocar bombas para tirar água da lama dos fundos de reservatórios, e a correria atrás de construir interligações com outros rios, que já têm seus compromissos de provimento em outras regiões. O desespero chega á mídia, com a Globo, parceira do PSDB, tentando desviar o foco da incompetência paulista para os reservatórios de barragens de hidrelétricas, botando o governo federal na berlinda. Como os números todos os dias desmentem a chance de racionamento elétrico com os níveis de barragens subindo, e em São Paulo a contagem regressiva para o "secão" não chega à Copa em junho, precisam arranjar uma "solução" que não venha a ser cobrada eleitoralmente dos tucanos.

Ontem a mídia aliada ensaiou criar a seguinte "verdade": Alckmin foi a Dilma pedir a solução para o problema de São Paulo, mas o governo não deu resposta. Até para mau entendedor o que se quis dizer foi que o problema existe, tem solução, e não vai ter racionamento, a não ser que Dilma queira sacanear para ganhar na política, ou seja, o PT, de má-fé, deixaria São Paulo secar... O ensaio não deu certo porque o governador do Rio já saiu atirando, capitalizando votos no seu estado e tirando o governo federal do alvo.
Se a idéia de Alckmin era dar o abraço de afogado em Dilma, corre sérios risco de ser desmascarado até a eleição, porque mesmo que se use a água da bacia do Paraíba a obra demoraria um ano, tempo suficiente para secar todas as demais represas em torno da cidade. 

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