sexta-feira, 21 de março de 2014

Mercado faz farra especulativa com falsa queda de Dilma nas pesquisas

Incrível ver em informativos de economia que a subida das ações da Petrobrás em mais de 4% seria explicada pelo boato de uma queda das intenções de voto da presidente Dilma Rossef  numa pesquisa que seria divulgada á noite. O "mercado" entende que a subida nas ações dessa estatal e do Banco do Brasil (mais de 5%) seria uma resposta ao intervencionismo da presidente nas empresas.

A lógica é a seguinte: Dilma reduz muito os lucros distribuídos aos acionistas da Petrobrás e do Banco do Brasil (que continuam elevadíssimos) obrigando as empresas a investir pesadamente em ações de interesse governamental. No caso do BB, oferecendo crédito mais barato, quebrando o cartel da banca privada. Na Petrobrás, trazendo os preços dos combustíveis (entre os mais altos do mundo) para a realidade através do congelamento, e fazendo a empresa investir no pré-sal para conseguir a autossuficiência e ganhar com exportações de petróleo e derivados.

São ações importantes para o Brasil, que beneficiam a economia como um todo. Ou quase todo, porque os especuladores nacionais e estrangeiros pouco se importam se a gasolina vai disparar ou se o pobre vai deixar de comprar sua televisão. Por isso eles ontem festejaram a tal "pesquisa" onde Dilma cairia 8 pontos. A coisa foi tão desavergonhada que hoje, após a divulgação da pesquisa verdadeira mostrando que Dilma leva a eleição no primeiro turno, as ações da Petrobrás voltaram a cair. Mas ontem alguém ganhou muito dinheiro.

Fazem uma guerra pesada contra a Petrobrás pela mídia, com mercenários da situação, com a oposição sem escrúpulos, com a mídia econômica venal, afundam as ações da empresa, compram barato, e fazem esse tipo de manobra para ganhar dinheiro.

Então a realidade é essa: o que é bom para o país, é ruim para o tal "mercado". Sendo assim, resta a aqueles que darão a vitória a Dilma no primeiro turno engordar as propostas para o próximo mandato com coisas como:
- taxação de grandes fortunas e simultânea redução de impostos para a classe média e sobre cadeias produtivas de alimentos e bens de primeira necessidade;
- auditoria soberana da dívida pública com redução de taxas de juros, aumento dos prazos e não pagamento do que não se justificar;
- aumento de impostos sobre o sistema financeiro, as movimentações de dinheiro, sobre bens de luxo e combate sem tréguas à sonegação;

Com essas propostas Dilma não apenas ganharia de novo a eleição, mas o povo brasileiro seria chamado ao esforço de acabar de vez com os parasitas que nada produzem e levam em juros e especulação trilhões de reais por ano que poderiam ser empregados em benefício do povo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário