sexta-feira, 21 de junho de 2013

MPL vê fascismo no protesto e pula do movimento

Toda essa jornada de protestos que levou centenas de milhares às ruas começou com o Movimento Passe Livre, que reivindica não apenas o congelamento de preços das passagens como o seu zeramento. Ao movimento original somaram-se vozes contra os gastos da Copa e depois contra todas as mazelas nacionais. A estes acresceram-se os vândalos e as milícias que geram imagens para a TV enviar ao mundo todo para dizer que estamos  à beira do abismo econômico e social, clamando por um golpe que restitua a ordem. Ontem, diante das atitudes fascistas da "direção oculta" do movimento contra militantes de partidos e outras organizações, com espancamentos e destruição de bandeiras, o MPL anunciou sua saída da jornada de protestos. Segue a nota publicada no perfil do MPL no Facebook:

O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.
MPL-SP

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