sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Itália : Coliseu também afunda

Rachaduras - Topo da face sudeste
A crise econômica que afunda a Itália tem mais um componente perverso: faltam recursos para manter o imenso patrimônio histórico que herdou do Império Romano e de sua rica história ao longo dos milênios. Nos últimos 3 anos a Itália reduziu seu orçamento com cultura à metade, valor insuficiente para fazer a manutenção nos sítios históricos e arqueológicos.

Reforço na face sudeste
 Face sudeste (Via Claudia)
No caso da Torre de Pisa a engenharia conseguiu uma solução para estabilização. A preocupação agora é com o Coliseu, em Roma, que afundou cerca de 40 cm e pode ser um problema de fundação.
Área em recalque

A recuperação está estimada em 25 milhões de dólares. Na falta de recursos, o governo entregou sem licitação o patrocínio do investimento à empresa de calçados de luxo Tod's, o que está sendo contestado judicialmente, com o temor de privatização do uso do monumento.

Fechado por "força maior"





Face oeste - Área turística
A hipótese de ruptura de fundações por acomodações do solo sob o monumento aponta como causas as vibrações do tráfego das vias de forte tráfego que circulam sua metade leste e o metrô que passa no subsolo próximo ao local. Terremotos também poderiam contribuir para esse recalque. O fato é que no local do problema já são visíveis rachaduras no arco externo (sul/sudeste - Via Claudia), que pudemos notar na visita no ano passado.

Pela segunda vez não consegui entrar no anfiteatro, desta vez por "motivos de força maior", mas vi operários trabalhando no local. Da outra vez, foi greve mesmo. Alguém poderá questionar: "o cara vai lá procurar defeito, em vez de curtir a viagem?". Pois é, engenheiro tem dessas coisas, e faz tudo junto.

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