quarta-feira, 13 de junho de 2012

CPI do Cachoeira : Agnelo abre sigilos e desmoraliza Perillo

Ontem o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) se recusou a abrir seus sigilos bancários, e a sua claque raivosa quase parte para o tapa quando o relator fez essa sugestão. Diante dessa negativa, um movimento no Twitter, que atingiu o primeiro lugar no Topic Trendings, durante a noite exigiu de Perillo a entrega dos dados. Hoje pela manhã o governador do Distrito Federal,  Agnelo Queiroz (PT), logo no início do seu depoimento autorizou a abertura dos seus sigilos. À tarde, sentindo que ficaria muito mal na fita, Perillo comunicou à mesa da CPI que também fornecerá seus dados.

Acusando o golpe, o deputado Onix Lorenzoni (DEM_RS), fez uma palhaçada truculenta exigindo que Agnelo assinasse um documento abrindo o sigilo, porque poderia não honrar a palavra, etc. Pensou que estava tratando com pessoas do seu partido, que não honram suas próprias palavras, como Demóstenes e Arruda. Sem problemas, Agnelo assinou a autorização. No final dos depoimentos o máximo que oposição se esforçava para fazer era dizer que ambos os governadores foram chamados à CPI inutilmente, que nenhum dos dois tem envolvimento com Cachoeira, etc. Tentam salvar Perillo abraçando-o a Agnelo.

Na minha avaliação, Agnelo saiu limpinho do depoimento, para ódio da oposição. Passou recibo em Perillo ao abrir o sigilo, forçando-o envergonhadamente a tomar a mesma atitude. Já o governador de Goiás saiu devendo, por receber cheques de uma empresa de organização criminosa na compra da casa, por não combater a contravenção no seu estado, em especial no entorno do DF, e por ter no seu governo diversas pessoas do esquema Cachoeira, principalmente na polícia. Se era essa a cartada que tinham para tentar virar o jogo da CPI, perderam. 

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