sábado, 14 de abril de 2012

Agiotagem bancária : Como fica o patrocínio da mídia?

Não adianta os "analistas econômicos" midiáticos globais dizerem que fracassará a jogada do governo de baixar os juros dos bancos públicos para quebrar o cartel da agiotagem bancária. O próprio mercado fará o trabalho de migrar contas para os bancos públicos, com o tempo. Essa ênfase do "vem prá Caixa e pro BB" está na encomenda do governo. Dilma deixou claro ao mercado quem manda no BB, coisa que em 8 anos de governo Lula não aconteceu também porque havia a intervenção tucana no Banco Central com Meireles. Esse rompimento com o tucanato da instituição, que começou quando Lula mudou o presidente do BB porque o banco não queria oferecer crédito na crise, agora tenderá a se aprofundar, tirando poder dos que defendem que o BB pertence ao mercado.

O Banco do Brasil, por exemplo, pegou a rede de 6 mil pontos do Banco Postal. Na época, a mídia caiu de pau, dizendo que tinha pago demais (50 milhões de reais a mais que o Bradesco), um verdadeiro chororô de perdedor do Bradesco através da sua mídia remunerada. Se esse foi o primeiro passo na estratégia de desmonte dos juros, o governo estaria de parabéns pelo acerto. Com o varejo do BB chegando a todos os municípios, e a partir daí ser possível a prospecção de mercados, poderemos ver em breve um surto de abertura de agências do BB em locais impensáveis até então. Ainda mais com um produto que os outros não têm.

Como fica a grande mídia nisso tudo, se tem o rabo preso pelos bancos privados? Apostar no fracasso é perder pontos com o povão, que há décadas implorar para que alguém tenha coragem de acabar com a agiotagem oficial. Fazer propaganda não paga pelo BB e CEF pelas linhas de crédito lançadas e concorrer diretamente com seus patrocinadores é suicídio. Até agora nenhum banco privado veio a público assumir que superexplora as pessoas e empresas com seus "spreads" irreais, oferecendo redução nos juros. Quando o primeiro fizer isso, os outros terão que segui-lo, por isso estão todos quietos esperando ver os impactos da ação do governo. Se baixarem os juros, será discretamente, sem alarde da sua própria mídia. Ninguém quer ser flagrado como cartel que cobra mais caro no Brasil que se cobra em países que estão à beira do colapso econômico, com as pessoas perdendo empregos e empresas falindo. 

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