quarta-feira, 28 de março de 2012

DEM : Cachoeira vira tromba d'água para Demóstenes Torres

Gosto de ver quando gente que se arvora de vestal é desmascarada. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um desses. Quantas vezes não o vimos na tribuna do Senado bradando contra desmandos do governo, exigindo cabeças por corrupção, etc. Foi peça importante no "escândalo das escutas telefônicas" denunciado pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, e alardeado pela revista VEJA. Nunca foram mostrados os áudios de uma conversa entre Gilmar e Demóstenes, pivô do factóide. Agora se descobre que eles têm mais em comum: uma enteada de Gilmar trabalha no gabinete de Demóstenes.

O bicheiro Carlinhos Cachoeira é o mesmo que gravou as imagens de corrupção nos Correios, que entraram no esquema VEJA + grande mídia e viraram o escândalo do Mensalão, que  serviu para quase derrubar Lula. Agora se sabe que Demóstenes é amigo de Cachoeira, que recebeu presentes dele, e uma operação da Polícia Federal grampeou ligação dos dois, onde o ilibado senador goiano pede que o bicheiro pague uma conta sua de táxi aéreo. Também é acusado de cobrar 30% do faturamento do bicheiro para que opere um esquema de caça-níqueis livremente em Goiás.

Agora a coisa vai ladeira abaixo contra Demóstenes. O DEM já fala em expulsá-lo, fazendo discurso de moralidade. Deixou a liderança do partido no Senado. A Procuradoria Geral da República vai abrir inquérito no STF contra ele. Corruptos petistas que afundaram o PT na lama no Mensalão irão usar o caso para tentar reduzir suas culpas no julgamento que se aproxima, ou para adiá-lo até a prescrição dos crimes, alegando ter havido um complô armado pelo esquema Demóstenes / Bicheiro / VEJA, e vão mover mundos e fundos para destruir Demóstenes e o DEM. Pode sobrar para Gilmar Mendes e para a VEJA.

Quanto ao DEM, o que o povo não fez nas urnas a polícia está fazendo agora: expurgar as velhas raposas corruptas. Hoje é um partido nanico, e deve piorar em 2012, perdendo mais bases. Não sobrevive sem o fisiologismo bancado pelo poder público. Morre por inanição. Já vai tarde. 

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