segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Itália : A ruína da vez

Hoje vai se concluir a jogada política da Grécia, com o blefe de plebiscito de Papandreu se convertendo no voto de confiança que o manteve no cargo, do qual renunciará quando for formado um governo de coalizão para executar o plano de maldades econômicas imposto pelos bancos. A tragédia grega vai sair dos holofotes globais, afinal, as greves e manifestações que virão não dão ibope.

A bola da vez é a Itália. Berlusconi foi à reunião do G20 meio calado, sem fazer as pavonices de praxe. Hoje o que se comenta na Itália é a iminente renúncia dele, em meio ao agravamento da crise econômica. Para lançar títulos de 10 anos, os italianos vão pagar 6,6% de juros aos especuladores, uma taxa absurda para os padrões europeus. As pressões por mais cortes em gastos públicos, em programas sociais e na previdência, sob chicote do FMI, aumentam tanto pela Comunidade Européia como pela ala mais à direita do seu partido.

O pior de tudo é que a insatisfação na base parlamentar de Berlusconi é por um programa mais à direita ainda! Seis deputados deixaram de apoiá-lo exigindo um decreto que faça cumprir, imediatamente, todo o programa de cortes acertados com os bancos alemães e franceses (leia-se: Comunidade Européia). Estão considerando Berlusconi frouxo, porque está demorando a fazer toda a maldade contra o povo italiano que é pedida pelos capitalistas estrangeiros! Desse jeito, vai ter gente achando que era feliz com o homem do "bunga-bunga" e não sabia...




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