segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Homs : A "Faixa de Gaza" da Síria

Onde no mundo um regime mantém uma região cercada, submetida a bombardeios e assassinato de civis por forças militares, privada de remédios e comida, impedida de receber assistência externa, fechada a jornalistas e observadores estrangeiros, por um regime opressor que não respeita nenhum apelo de respeito aos direitos humanos? Não, não é a Faixa de Gaza, campo de concentração de palestinos sob jugo de Israel. É Homs, na Síria, submetida ao ditador Bashar al Assad.

A cidade tem refinaria de petróleo (que certa vez foi bombardeada por Israel), uma população de cerca de 1 milhão de habitantes de várias religiões, estratégica para os transportes do país, e virou o foco da resistência ao regime de Assad. Pouco adianta a ONU, os BRICs (entre eles o Brasil), a Comunidade Européia, a Liga Árabe e entidades de direitos humanos pedirem o fim da selvageria: Assad não respeita ninguém, e continua a matança. Na Faixa de Gaza é a mesma coisa. Israel mais uma vez impediu um barco com ajuda humanitária de chegar lá, e no ano passado assassinou 9 pessoas que tentaram fazer o mesmo.

Agora os grupos de oposição pedem intervenção internacional para acabar com o bloqueio de Homs, da mesma forma que os palestinos fazem há décadas, mas não são ouvidos.  Assad tem que encontrar um limite, assim como Israel, que quer atacar o Irã e abrir uma perigosa guerra na região, como hoje deixou claro o governo da Rússia. O mundo tem que pedir o fim do massacre em Homs, sem esquecer o da Faixa de Gaza. O problema é que Gaza não tem petróleo, e os humanos de lá parecem não ser, aos olhos das potências imperialistas, tão humanos quando os da Síria, da Líbia, etc. Logo poderemos ter "bombardeios humanitários" da OTAN em defesa do petróleo, digo, do povo da Síria.


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