domingo, 4 de setembro de 2011

Israel : Finalmente, o povo reage.

Quem conhece o povo judeu sabe dos seus feitos em várias áreas do da ciência e das artes, e estranha muito a sua representação por governantes tacanhos, brutais, de extrema-direita, como o de Netanyahu e sua turma. Sabe o quanto repudiam a violência, mas têm um governo em Israel que reproduz ações como as usadas pelos nazistas, praticando o genocídio de palestinos.


Finalmente, há alguns meses, o povo de Israel, em especial jovens, foi às ruas, em protestos cada vez maiores contra a carestia, contra a falta de democracia do estado de emergência vigente desde a criação de Israel, por justiça social. No Brasil, a mídia oculta essa manifestação popular para restringir a insatisfação da região à "primavera árabe", que seria, em tese, uma luta contra ditaduras. Prefere destacar o show que Roberto Carlos fará em Jerusalém... Segue matéria da Carta Capital.


Mais de 400 mil saem às ruas pedindo justiça social em Israel

Milhares de israelenses se mobilizaram neste sábado e saíram às ruas centrais de várias cidades exigindo mudanças na política econômica do governo Netanyahu. A maior manifestação ocorreu em Tel Aviv, onde cerca de 300 mil pessoas se reuniram na praça Kikar Hamedida, no centro da cidade. Os manifestantes levavam cartazes e faixas com o slogan “O poder do povo” ou com mensagens para o primeiro ministro “Bibi Netanyahu, vá para casa”, e gritavam consignas como “Queremos justiça social”.

Apesar do recrudescimento da situação em Gaza, milhares de israelenses se mobilizaram neste sábado e saíram às ruas centrais de várias cidades em defesa de reformas no sistema econômico e educacional, de uma mudança na legislação trabalhista e da baixa de custos para adquirir ou alugar uma moradia, produto da política neoliberal do ministro Benjamín Netanyahu.

Segundo os organizadores, mais de 450 mil pessoas participaram dos protestos – número superior as 300 mil que saíram às ruas no mês passado – naquela que foi considerada a maior manifestação da história de Israel por motivos não vinculados ao conflito no Oriente Médio.

Ainda que o cartaz de convocação da manifestação afirmasse, em um jogo de palavras, “Eles só entendem números”, os organizadores insistem que o êxito do protesto não deve ser medido unicamente pelo número de participantes. O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que só 100 mil pessoas participaram dos protestos.

A maior manifestação ocorreu em Tel Aviv, onde cerca de 300 mil pessoas se reuniram na praça Kikar Hamedida, no centro da cidade. Os manifestantes levavam cartazes e faixas com o slogan “O poder do povo” ou com mensagens para o primeiro ministro “Bibi Netanyahu, vá para casa”, e gritavam consignas como “Queremos justiça social”.

“Queremos só uma coisa, que não é fácil, mas simples, viver neste país. Não só queremos amar o Estado de Israel como já fazemos, mas sim existir aqui com dignidade e viver aqui dignamente”, disse Shmuelei, um dos líderes do movimento de protesto.

“Eles nos disseram que o movimento estava parando. Hoje estamos mostrando que é o oposto. Nós somos os novos israelenses, determinados a continuar a luta por uma sociedade melhor e mais justa", disse o presidente do sindicato dos estudantes, Itzik Shmuli, à multidão.

Netanyahu designou um comitê liderado pelo economista argentino Manuel Trajtenberg para analisar mudanças sócio-econômicas. Trajtenberg disse que apresentará suas recomendações no período das próximas festas judaicas, no final de setembro.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

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