quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bulgária : Bom, bonito e barato

Viemos para cá apreensivos com os relatos que lemos de viajantes, publicados em blogs e sites na internet. Dois dias depois, já tendo rodado boa parte das principais atrações de Sófia e partes da cidade para conhecer como vive o povo, e a segunda cidade do país, Plovdiv, parte histórica e área dos "locais", dá prá afirmar sem sombra de dúvida:


- é bom : as pessoas se esforçam para ajudar o estrangeiro (ou nós, por sorte). Simpáticos, atenciosos, tranquilos. Nada de estresse. Vidas pacatas, parece coisa de interior, bem calmo (como era antigamente, pois hoje tem interior no Brasil que é barra pesada). As cidades têm problemas como todas as outras, mas em pouco tempo a gente se sente bem à vontade. A gente se acostuma com a escrita e aos poucos arrisca até algum diálogo na língua local. Parece assustador, mas não é tão complicado assim. Os relatos falavam da falta de segurança, de cuidados com malandragens, etc. Para quem nasceu ou viveu no Rio de Janeiro, e não dá bobeira, tudo é bem tranquilo. Nada de especial. As ruas meio escuras à noite são esquisitas, mas anda-se com relativa segurança. Cidades com áreas planejadas, carentes de manutenção, mas com dignidade para as pessoas. Praticamente não vimos moradores de rua nem mendicância (há, muito menos que no Brasil). Tem internet grátis wi-fi com mais densidade que no Brasil.

- é bonito: as atrações são interessantes para quem viaja querendo conhecer aspectos antropológicos, sociológicos, políticos, etc. . Nada de muito espetacular, nem em número e consistência como em outras capitais européias, mas dão uma idéia da história mais antiga, até anterior à era cristã, das lutas, das conquistas, etc. Ajudam a entender como vive esse povo hoje, qual o caminho que seguiram. A falha está no período do pós-guerra, porque nem sabemos se chegou a haver mais influência da União Soviética aqui do que a adoração que já tinham pelos russos, considerados libertadores dos búlgaros do Império Otomano em 1878. Ainda tem toda a bagagem de cultura da igreja ortodoxa, bem desconhecida de nós, e muito interessante.

- é barato : ainda não entendemos bem o porquê, mas há preços impensáveis por aqui. Andamos hoje de táxi uns 4 km e o valor foi, em reais, R$ 3,20. Almoçamos num self-service (ou quase isso) uma quantidade normal de uns 300 g de comida, com dois copos de 500 ml de cerveja, e pagamos R$ 12. Isso mesmo: R$ 12, para duas pessoas comerem e beberem. Agora há pouco num supermercado de Sófia novas boas surpresas, até com bebidas importadas. A comida produzida aqui, nas áreas de laticínios e frios, tem preços ridículos e boa qualidade.

Vale a pena conferir, e aproveitar enquanto não adotam o Euro como moeda, porque em todo país pequeno que isso aconteceu, os preços dispararam, tornando-se proibitivos para os cidadãos, gerando inflação, etc. Ainda não tem data para essa migração de moedas, mas acho que se o governo daqui tiver bom senso, dá uma freada nesse processo.

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