quarta-feira, 20 de julho de 2011

A violência do preconceito sexual

Ontem no interior de São Paulo pai e filho foram bestialmente espancados por um bando homofóbico, que sequer aceitou a explicação de serem parentes para andarem abraçados, na saída de um rodeio. Noutro dia, na Parada Gay de São Paulo, duas repórteres que faziam a cobertura para o programa "Profissão Repórter", da Globo, foram espancadas por um casal "porque pareciam lésbicas". A que ponto estamos chegando, correndo riscos de violência porque andamos com alguém do mesmo sexo e mesmo com pessoas menores (coisa de pedófilo), mesmo que sejam nossos filhos.


O avanços dos direitos dos homossexuais está trazendo uma resposta violenta de alguns setores da sociedade, por preconceitos ou por apologia à violência feita por segmentos da direita conservadora. Com o tempo, será normal ver casais de homens e mulheres andando de mãos dadas, e ninguém mais se importará com isso, mas até lá viveremos um período de neuroses. As pessoas estão olhando com suspeita para quaisquer duplas de pessoas. Faz falta a educação para a tolerância, que poderia ser ministrada nas escolas, mas criou-se um factóide contra o "kit gay" que deixará os jovens, em especial, à mercê da cultura homofóbica vigente. Só resta apelar a uma legislação mais rígida contra o preconceito, e à punição a cada caso de violência.

3 comentários:

  1. Lembra do seu artigo sobre um possível loop de repudios?

    Onde fica a questão de classe na organização por setor?

    Não observo esse debate nos segmentos. A homofobia e o racismo, por exemplo, são mais fortes na classe dominante?

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  2. Lucio,

    O homem que teve parte da orelha arrancada pelos agressores, na sua declaração à imprensa, pareceu indignado por ter sido confundido. Ou seja, se um gay "de verdade" tivesse apanhado, ele talvez fosse indiferente e tudo estaria "justificado".
    Não vejo um corte de classes muito nítido no movimento LGBT, assim com não é no movimento de mulheres ou de grupos raciais, porque tem gente de todos segmentos vitimado pela violência. Tem burgueses e trabalhadores juntos pelos mesmos direitos.
    Também não dá para afirmar se a classe dominante é mais ou menos racista e homofóbica que a classe trabalhadora. Até hoje há esses problemas em Cuba e noutros lugares onde o capitalismo foi varrido há muito tempo. A burguesia tem setores racistas e homofóbicos, mas não se expõe muito para não parecer retrógrada.

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  3. acho seu comentário bem preconceituoso tbm, analisando fatos hoje em dia, todos somos preconceituosos, vc mesmo se referindo sobre a burguesia de uma forma separada! e sobre o caso do pai e filho agredidos por terem sido confundidos, o comentário que vc fez nao tem nada a ver, o pai estava totalmente revoltado simplesmente pelo fato de ter sido agredido por demonstrar afeto ao seu filho, da mesma forma que demonstrou carinho pelo pai em sua entrevista...

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