quarta-feira, 13 de julho de 2011

O ditador da CBF que faz o Brasil de refém

O time de Mano Menezes tem bons craques mas não tem tática. Jogadores parecem fazer parte de uma vitrine para valorização de seus passes, sem muita ligação com a camisa verde-amarela que ostentam, e que representa uma nação de 200 milhões de pessoas. Escândalos de compra de votos na FIFA. Copa do Mundo com imensas suspeitas de corrupção. A torcida brasileira cada vez mais clubista, perde identidade com o que já foi a Seleção Canarinho. Cada vez mais o esporte que já foi a paixão nacional vira negócio onde alguns poucos ganham, usando os brasileiros como tolos espectadores pagantes. Quem explica isso?


Ricardo Teixeira, o ditador da CBF, é a resposta. Sua entrevista na revista Piauí n° 58 mostra do que já foi, é e será capaz. O pior de tudo é que todos nós, que pagaremos a conta da Copa e poderemos ter novos fracassos em campo com seleções cada vez mais orientadas a atender patrocinadores de passes e mídia televisiva, não temos como mudar nada disso, de forma democrática. Aqui vão algumas das suas declarações da entrevista, só para termos idéia de como estamos virando reféns da tirania dos cartolas do futebol:

AS DECLARAÇÕES DE RICARDO TEIXEIRA

"Caguei montão [para as denúncias da imprensa]. O neguinho do Harlem olha para o carrão do branco e fala: ?quero um igual?. O negro não quer que o branco se f... e perca o carro. Mas no Brasil não é assim. É essa coisa de quinta categoria"
"Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Por que eu saio em 2015. E aí, acabou"
"Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance? Oitenta mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço"
"Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional"

Um comentário:

  1. Tanto queríamos uma Copa do Mundo no Brasil e conseguimos. Mais: Olimpíadas também! Queríamos por todos os bons motivos: o futebol é uma riqueza nossa; ganhar em casa tem outro sabor; milhões de empregos e oportunidades são gerados antes, durante e depois desse tipo de evento; enfim, tudo de bom! Mas com a ganância de políticos e empreiteiros não se brinca, e já estamos enrolados pra caramba. O governo federal precisa tomar mais fortemente as rédeas e organizar diferentemente a condução das coisas.

    Quanto a Ricardo Teixeira, imagine chegarmos em 2014 com essa figura brilhando mais que Michael Jackson nos áureos tempos! Como Sarney, esse vai morrer de velho sem nunca enfrentar uma merecida cela.

    Abraços!

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