quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Ecossocialistas: hora de barrar José Moto-Serra

Os eleitores de Marina, pelo menos a banda ambientalista mais à esquerda, deveriam começar a se mexer, à revelia da decisão que o PV tomará no domingo. Marina não pertence ao PV, e o PV não pertence a Marina. A burocracia partidária é majoritariamente de pessoas anteriores à chegada de Marina. A bancada atual de parlamentares e a eleita é de pessoas que são ligadas a essa burocracia. Nas instâncias internas do PV, Marina certamente perderá, porque a proposta de cargos oferecidos por Serra é suculenta para os burocratas. Gabeira já se vê ministro.

O melhor Marina que pode apostar é no empate, e já alerta para que não haja luta fratricida, que certamente ocorrerá caso saia o apoio a Serra, podendo o seu grupo migrar para outro partido. Deve acontecer a liberação geral dos filiados, para que cada um apóie quem quiser. Nunca sairá apoio a Dilma.

Marina lançou aos partidos uma proposta programática. Do pessoal ruralista, latifundiário, escravagista e desmatador Serra deve vir um "tudo bem, a gente topa" e depois rasga o que assinar, porque o importante é chegar ao poder. Do lado do PT, ontem foi divulgado o documento "Os treze compromissos de Dilma com a política ambiental", que deve servir de base para a discussão com os ecossocialistas, que reproduzo abaixo:

"Os 13 Compromissos de Dilma em política ambiental

1. Aprofundar o crescimento econômico com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental;
2. Combinar o crescimento econômico com baixo índice de emissão per capita de CO2;
3. Avançar na integração da sustentabilidade ambiental às políticas públicas;
4. Aprofundar a política de proteção, conservação e uso sustentável do patrimônio natural;
5. Promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia;
6. Ampliar e fortalecer a participação da sociedade nas políticas ambientais;
7. Incentivar a utilização de instrumentos econômicos para a sustentabilidade ambiental;
8. Fortalecer a dimensão da sustentabilidade ambiental nas grandes obras do PAC, da Copa do Mundo e das Olimpíadas;
9. Ampliar a matriz energética limpa e promover a eficiência energética nos transportes;
10. Implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e trabalhar pela erradicação dos lixões do país;
11. Ampliar e fortalecer a Educação Ambiental;
12. Consolidar o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA) e fortalecer a capacidade do licenciamento ambiental;
13. Consolidar a atuação brasileira na política ambiental global.

A política ambiental de Dilma vai aprofundar os avanços conquistados no Governo Lula na construção de um novo padrão de desenvolvimento sustentável e includente. No período 2003-2010 foram destinados 26,8 milhões de hectares para novas Unidades de Conservação, o que corresponde a 75% das áreas de conservação da biodiversidade criadas no mundo depois de 2003. E o desmatamento da Amazônia foi reduzido a menos de 7,5 mil km2 em 2009, graças à ação integrada de fiscalização, apoio à produção sustentável e regularização fundiária.

Foram criados o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para melhorar a gestão do nosso patrimônio natural. O IBAMA foi fortalecido em suas tarefas de licenciamento e fiscalização. E milhares de pessoas participaram das três Conferências Nacionais de Meio Ambiente e das três Conferências Infanto-Juvenis.
Foi elaborado e aprovado o Plano Nacional sobre Mudança do Clima que fixou as metas de redução das emissões de Gases do Efeito Estufa até 2020. E, ainda, o Plano Nacional de Recursos Hídricos e a lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, incorporando os espaços
urbanos à política ambiental.

O Governo Dilma avançará na política ambiental integrada, que associa incorporação da sustentabilidade às políticas públicas e à parceria com a sociedade. O Brasil cumprirá as metas de redução de emissões de CO2; incrementará o Plano Nacional de Recursos Hídricos, com o
fortalecimento da gestão participativa, e executará a Política Nacional de Resíduos Sólidos para erradicar os lixões e dar um tratamento adequado aos resíduos sólidos. Nas obras do PAC, da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, as dimensões da acessibilidade e da sustentabilidade ambiental serão fortalecidas. Em 2012, quando sediaremos a Conferência
das Nações Unidas de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio+20), o Brasil mostrará ao mundo que é possível promover o crescimento econômico com distribuição de renda e respeito ao meio ambiente, bases do nosso protagonismo em política ambiental global.

Os 13 compromissos de política ambiental assumidos por Dilma sinalizam para novos avanços e conquistas para o povo brasileiro, para criar e distribuir riquezas e usar de forma sustentável nossa riqueza natural, assegurando os direitos das gerações futuras a um meio ambiente
saudável e a uma sociedade mais justa e democrática. "

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