domingo, 31 de outubro de 2010

Dilma eleita, é hora de agradecer.

Dilma não foi eleita sozinha. Teve a simpatia de muita gente que melhorou de vida, que passou a acreditar ser possível conquistar a dignidade, que teve um emprego, que passou à classe média, que teve terra e apoio no campo, que teve oportunidades na reestruturação do estado, nos que tiveram a oportunidade de um curso superior, nos beneficiados por saneamento básico e moradia, que compuseram boa parte dos votos. Também se destacaram os militantes dos partidos da base de apoio, e os meios de comunicação alternativa, como os blogs, o twitter, as redes sociais. Acima de todos eles, os que não acreditaram em mentiras, em demagogia, em preconceitos e não alimentaram a campanha de ódio da direita.

Também tem que agradecer ao apoio que Serra teve daqueles que o prejudicaram: a igreja reacionária, hipócrita e inquisidora; a Folha, Globo, Veja, Estadão e todos os meios de comunicação que todos os dias criaram factóides e fizeram péssimo jornalismo, afastando de Serra a "inteligentzia"; aos propagandistas de direita travestidos de jornalistas, que no exercício da calúnia escrita, falada e televisada, na urubuzação e na invenção contra Dilma levaram á militância muita gente boa que estava refratária no primeiro turno. Aos malasfaias, aos panfleteiros de Guarulhos e beatos direitista, por permitirem uma melhor visualização do tipo de ideário abraçado por Serra. A ajuda de todos eles para enterrar Serra abusando da inteligência alheia foi fundamental.

Mereceria um cargo no futuro governo o ex-deputado, ex-candidato a vice e atual nada Indio, aquele que deu à campanha mais sabor com frases de efeito contrário a Serra. Devia trabalhar como negociador no Ministério das Relações Exteriores, tratando de assundos das FARC e do Irã. Ou na erradicação da pobreza, onde já tem algumas idéias, como eliminar os pobres a partir da proibição das esmolas. Grande Indio! Vai fazer falta ao humorismo político. Já que é do ramo, poderia procurar uns bicos com o Marcelo Madureira, do Casseta e Planeta, que achou que Serra ia ganhar e fez gracinhas contra Lula, para a alegria dos mainardis da vida.

Dilma deve agradecer, até com um ministério, à Bolinha de Papel, que se tornou o símbolo da bravura ao derrubar o todo-poderoso Serra, aquele que só não criou o universo porque antes criou Deus para subempreitar com ele essa obra. A Bolinha de Papel deveria simbolizar a desburocratização, o fim da papelada, a bem da cidadania e da preservação das florestas. Vou mais: Bolinha de Papel 2018!

Da nossa parte, de nada, Dilma! Foi um prazer levar Serra e sua turma à lixeira da história. Agora que a direita foi passar um tempo no inferno, vai encarar a gente se não avançar nas conquistas sociais. Quem elege, cobra!

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