quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Governar sem alianças : a utopia de Marina

Ontem no Jornal Nacional até que o Bonner estava menos raivoso e deixou a candidata Marina Silva falar mais. Sobre a falta de partidos aliados na sua campanha, Marina disse ser uma vantagem, e que Serra e Dilma são reféns das alianças. E que vai governar com os melhores, daí achar necessário ter bom trânsito com o PT e o PSDB.

Se eleita, Marina estará na situação enfrentada por Collor e o sem ínfimo partido, o PRN , em 1989. Com meia dúzia de deputados e um ou dois senadores eleitos pela sua coligação, Marina teria que ir às compras de base aliada, já que a cidadania passiva dos brasileiros e a sua falta de ímpeto revolucionário ou populista para liderar um governo "com o povo, acima do sistema" a colocariam na obrigação de montar uma base aliada para poder governar.

A considerar o peso da máquina eleitoral PT /PMDB, esses partidos, elegendo Dilma ou não, terão quase a maioria na Câmara e Senado, podendo atingi-la com o PC do B e PSB, sem precisar ficar comprando votos no varejo de legendas de aluguel. Nesse ponto, o governo Dilma teria estabilidade congressual para votar reformas, impedir CPIs e tratorar o que sobrar do PSDB e DEMo com tranquilidade.

Até Serra teria que entregar grandes nacos de poder para comprar o PMDB para compor base aliada, pois, juntos, creio que o PSDB, DEMo e PPS mal terão 120 deputados, todos juntos. Marina deveria ser mais explícita sobre suas alianças para a governabilidade, antes de criar expectativas de um governo "puro", só com os "bons". Até no seu partido, o PV, tem os "ruins", que traem a sua candidatura para apoiar Serra...

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