terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Lucros de bancos continuam obscenos

Com a menor taxa básica de juros da história, mas mesmo assim descabida frente à inflação, os bancos continuam ganhando muito dinheiro às custas da concentração de renda cobrando juros absurdos nas suas operações e emprestando dinheiro caro e sem risco ao governo. E também metendo pela goela do povão elevadas tarifas por serviços bancários, em troca de atendimento cada vez mais precário. Enquanto no mundo todo o sistema financeiro rala para sair do vermelho, no Brasil a nova temporada de balanços promete resultados incríveis, como o do Itaú Unibanco, que teve crescimento de 29% no lucro líquido em 2009. Os oito principais bancos apresentaram, em média, 24% de crescimento de lucros. O Brasil tornou-se a terra prometida da usura.

Enquanto isso a economia real come o pão que o diabo amassou para escapar à falência e ter uma rentabilidade na ordem de 10%. E o poderoso lobby dos bancos, que patrocina praticamente todos os telejornais da mídia nacional, planta seus "releases" em colunas de economia afirmando que a inflação vai voltar a subir e os juros precisarão ser aumentados para conter o consumo, o que é uma falácia, já que similares baratos podem ser importados a preços de banana para conter os preços internos. Meireles, presidente do sindicato nacional dos bancos, vulgo Banco Central, já anda dizendo que continuará no cargo até o fim do governo Lula, o que representa um enorme alívio à banqueirada.

Um comentário:

  1. Enquanto isso seguindo o mesmo ritmo da ciranda
    bancária brasileira, o BB já negocia a compra de
    um banco na Argentina. Nestes sete anos da admi-
    nistração Lula o BB reajustou os salários em ape-
    nas 10%. Manteve o salário pré-privatização pre-
    parado por FHC. E ainda mantém a remuneração
    variável. Se aposentou, não leva nem o dinheiro
    da feira. É inconcebível esta sonegação dos di-
    reitos trabalhistas.

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