segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Brasileirão : coisas estranhas na reta final

Estranha expulsão do goleiro Marcos do Palmeiras ontem. Nem assim o Corinthians conseguiu vencer o jogo, o que favoreceria o São Paulo na conquista do heptacampeonato. Nos últimos dois jogos, o goleiro Bruno do Flamengo fez o milagre de defender 3 pênaltis discutíveis, sendo dois no jogo contra o Santos. Também foi denunciada a gratificação paga aos atacantes do Barueri, para vencer o Flamengo, atribuída a pessoas ligadas ao Cruzeiro.

Que os grandes interesses econômicos que envolvem o futebol conspiram para alterar os resultados das disputas não é novidade. O último fato estranho foi a vitória do Chapadinha, do Maranhão, que venceu um jogo por 11 x 0 onde o adversário parecia congelado, e o resultado o remeteu à primeira divisão, preterindo outro time.

Um campeonato traz dividendos políticos e/ou econômicos para a federação, para os dirigentes do clube, para os investidores, para os jogadores, e, subsidiariamente, alegria para os torcedores, na ótica do futebol como negócio. Uma vaga na Libertadores ou na Sul-Americana, idem. E a queda para a segundona é um grande prejuízo para o torcedor, mas nem sempre para os que vendem os principais valores dos clubes no desmanche que acontece ao final das temporadas.

Outras coisas esquisitas, mas insuspeitas, acontecem na parte de baixo da tabela, e colocaram o Flamengo no G-4 na última rodada. O glorioso Botafogo venceu o Inter em Porto Alegre, respirando melhor fora da zona de rebaixamento. O valoroso Fluminense foi a Belo Horizonte e venceu o Cruzeiro, que tinha ganhado as últimas 6 partidas, por 3 x 2 de virada. E saiu da lanterna, ficando a 3 pontos de fugir do rebaixamento. Tiveram o amplo apoio da energia da torcida do Mengão, que sabe defender o que é seu. O processo é simbiótico: a gente torce para que os times de segunda do Rio fiquem na primeira, depois eles nos fornecem os pontos necessários aos títulos. Se o Vasco estivesse na Série A, seus seis pontos colocariam o Flamengo na liderança. A gente teria um desgosto profundo se faltassem o Flu, o Bota e o Vasco no mundo.

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